A propriedade situa-se numa zona onde o núcleo populacional mais próximo, Monforte da Beira, se situa a 6 Km de distancia e
numa região onde se encontra um dos índices populacionais mais baixos do país, apresentando uma densidade da ordem dos
4 habitantes por Km2.
Na década de 1991 a 2001, a população decresceu cerca de 21%. Esta diminuição da população deveu-se principalmente ao fluxo migratório e à decadência dos sistemas agrícolas tradicionais. Trata-se de uma zona considerada desfavorecida, porque a sua economia está baseada numa agricultura pobre, com baixa produtividade.
Desde os anos 70 do Sec. XX , a maior parte das áreas que antes eram ocupadas por culturas cereliaferas , oliveira e pastoreio de pequenos ruminantes, passaram a produzir eucaliptos, pertencentes aos grupos produtores de pasta de papel, que exploraram esta cultura até que constataram que os resultados não eram os esperados, em termos de produtividade, o que aliado aos custos de produção serem superiores aos valores do mercado da matéria prima, os fez abandonar a zona.
Assim houve muitas e grandes propriedades, que foram abandonadas, sem que tivesse sido efectuados investimentos de reconversão destas florestas.
Foi uma destas propriedades que a DESFO adquiriu a uma empresa subsidiária da Portucel Florestal, para aí desenvolver um projecto de utilização florestal que não implique a necessidade de assentar a exploração exclusivamente na produção de
eucalipto, com rendimento adequado para a indústria da celulose, e assente numa lógica de responsabilidade ambiental, dentro do espirito B&B, (Business&Bioderversity).
A propriedade é constituída por explorações diferentes, possui 1.600 Ha, dos quais cerca de 75% são ocupados por floresta representando cerca de 1.200 Ha, 19,5% são matos espontâneos, (32 Ha), 0,75% são incultos e somente 9,5 Ha, (o,2 Ha),
são considerados como agrícola.